Todos devem ler o texto da Consagração, reproduzido na íntegra neste artigo, como oração de poder.

Em 25 de março de 2022 (105 anos depois), o Papa Francisco e os bispos em todos os países realizaram a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, exatamente como foi pedido por Nossa Senhora de Fátima em 1917, quando da aparição em Portugal.

Será que a Consagração feita agora, tanto tempo depois do pedido, terá a capacidade de reverter as terríveis previsões que começaram a se realizar?

Numa cerimônia emocionalmente e transmitida ao vivo pelo Vaticano, foi feita a Consagração da Russa, um momento que reputo como histórico e profundamente espiritual, com força o bastante, é o que se espera, para alterar os rumos de uma grande guerra que se apresenta iminente.

Há 38 anos, exatamente no mesmo dia 25 de março do ano de 1984, o Papa João Paulo II realizou a Consagração após ter sido baleado e entendido que fora salvo por Nossa Senhora de Fátima, porquanto, a bala, por milímetros, não atingira um órgão vital.

No entanto, naquela época, a Consagração não se realizou especificamente como pedido por Nossa Senhora de Fátima, visto que João Paulo II não citou o nome da Rússia, aconselhado que fora pela diplomacia do Vaticano por questão política.

Por essa razão, muitos religiosos e espiritualistas entendem que a Consagração feita naquela época não serviu para o objetivo pretendido, que era a mudança espiritual na Rússia e evitar o mal que poderia espalhar por muitos países. Mesmo com a dúvida sobre a eficiência da Consagração, o que se viu depois, coincidência ou não, foi o grande declínio do regime comunista que se enfraqueceu e deixou de existir em vários países, inclusive na própria Rússia, fortalecendo a convicção de quem pensava ter sido bem-sucedida a Consagração do passado. Mas, ao que tudo indica, não fora feita corretamente, tanto que o Papa Francisco resolveu realizar a Consagração como deveria ter sido.

Das três partes do segredo de Fátima, a última demorou muito para vir à tona, e esta parte tem muito a ver com o momento atual, por referir-se a uma grande destruição que bem poderia ser decorrente de uma guerra mundial, que atingiria a todos e igualmente à Igreja.

Depois do atentado sofrido em 13 de maio de 1981, o Papa João Paulo II pediu o envelope onde Lucia (uma das três crianças da aparição de Fátima) escrevera a terceira parte do segredo. Ao ler, o Papa chorou pela gravidade contida na revelação. A divulgação se deu somente em 13 de maio de 2000 pelo Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, por autorização de João Paulo II.

Transcrito por Lúcia a pedido do Bispo de Leiria (Portugal), a terceira parte do segredo diz literalmente o seguinte:

Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n’uma luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n’um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.

O que teria sido pedido por Nossa Senhora de Fátima que nos remete à Consagração realizada agora pelo Papa Francisco?

De tantas aparições de Nossa Senhora, a ocorrida em Portugal é a mais famosa e tudo começou no dia 13 de maio de 1917, quando ela apareceu pela primeira vez para Lúcia, Francisco e Jacinta, o que se repetiu por oito meses, sempre no dia 13 de cada mês e com a realização de um milagre prometido por ela quando da última aparição em 13 de outubro naquele ano, presenciado por setenta mil pessoas. Em meio a nuvens negras e com chuva, o Sol surgiu e começou a girar sobre si como uma bola de fogo e as roupas encharcadas secaram imediatamente; antes ela havia pedido para que todos fechassem os guarda-chuvas ainda que chovesse.

O terceiro segrede tem destaque ímpar por ser inequívoca descrição de destruições causadas por uma grande guerra, atingindo a Igreja, o Papa e outros religiosos em consequência de domínio de regime político não religioso (seria o comunismo ou outro?).

Contudo, foi com a aparição de Nossa Senhora de Fátima em 13 de julho de 1917, que um fato importante daquele dia teve reflexo ao que aconteceu em Roma no dia 25/03/2022 (a Consagração da Rússia realizada pelo Papa Francisco). Este fato do passado está registrado em anotações feitas pela Irmã Lucia, falecida em 2005, sobre o gravíssimo alerta feito por Nossa Senhora sobre aniquilamento de vários países e perseguição à Igreja e da necessidade, para evitar essa grande tragédia mundial, de se fazer a Consagração da Rússia. Assim falou Nossa Senhora:

Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.

Possivelmente em face da dúvida de não ter sido corretamente realizada a Consagração pelo Papa João Paulo II por deixar de se referir, nominalmente, à Rússia, e diante do cenário da invasão da Rússia na Ucrânia, começando a se realizar as previsões de Nossa Senhora de Fátima, o Papa Francisco decidiu, enfim, fazer Consagração seguindo todos os passos corretamente, inclusive mencionando a Rússia em consagração ao Imaculado Coração de Maria, com a inclusão da Ucrânia em face de tudo que aquele país vem sofrendo e por ter sido um país que, em outros tempos, esteve ligado territorialmente à Rússia.

Pela profundidade espiritual e importância para esse momento crítico da Terra, reproduzo a seguir o texto original da consagração divulgado pelo Vaticano:

ATO DE CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA (realizado no dia 25/03/2022)

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.

Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!

Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais conosco e conduzis-nos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história.

Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.

Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna.

Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:
Vós, estrela do mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra;
Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação;
Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus;
Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão;
Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear;
Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar;
Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade;
Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo.

O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.

Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria.

Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.

Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «sois fonte viva de esperança». Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amém.

O Papa Francisco, ao se decidir por realizar a Consagração da Rússia, certamente percebeu a urgência de cumprir e atender ao pedido de Maria, até porque, em outra revelação de Nossa Senhora, ocorrida em Hrushiv, na  Ucrânia, em 27 de abril 1987, após o desastre de Chernobyl e com testemunho de quinhentas pessoas, Nossa Senhora voltou a mencionar a Rússia e o risco da terceira guerra mundial, ao dizer:

Olhem para a desolação que circunda o mundo… o pecado, a preguiça, o genocídio. Rezem pela Rússia. A opressão e as guerras continuam a ocupar as mentes e os corações de muitas pessoas. A Rússia, apesar de tudo, continua negando meu Filho. A Rússia rejeita a vida real e continua a viver na escuridão. Se não houver retorno ao cristianismo na Rússia, haverá uma Terceira Guerra Mundial; o mundo inteiro enfrentará a ruína.

O que desejamos é que a Consagração da Rússia realizada em 2022, cujo texto nos emociona e toca à nossa alma profundamente, ainda que com tanto atraso de mais de um século, tenha o condão de reverter toda o destino tão terrível para humanidade e pôr fim à guerra na Ucrânia e a quase inevitável terceira guerra mundial, pois, sem dúvida, foi isso que Nossa Senhora previu ao se referir à expansão da Rússia e destruição em muitos países, tendo mencionado expressamente a terceira grande guerra.

A Consagração ocorrida em 25 de março de 2022 é profunda esperança de cunho espiritual de reverter a possibilidade de mais uma guerra mundial, sobre a qual, eu mencionei em 2021, em face de minha projeção ao futuro, quando vi que era eminente a terceira guerra mundial na Páscoa de 2022, artigo publicado em outubro/2021, mas, que na própria experiência extrassensorial ao futuro, a mensagem era de que poderíamos desfazer o perigo da terceira guerra com muito atuação de todos os trabalhadores da luz (ler o artigo).

Somando aos trabalho das pessoas (oração, Reiki, e outros), que a poderosa energia da Consagração, um dos atos espirituais mais fortes de Igreja Católica por ser realizada pelo Papa e por todos os bispos e padres do planeta no mesmo dia, não somente reverta a possibilidade de uma grande guerra mundial, como ajude a terminar logo a guerra na Ucrânia, para que o país ucraniano seja reconstruído e os refugiados retornem à sua terra natal.

Luz, o Amor e o Conhecimento. Que o bem vença! Que haja Paz!

Artigos e vídeos sobre o tema:

Iminente terceira guerra mundial (projeção ao futuro de abril/2022, artigo publicado em outubro/2021)

Em projeção astral, terceira guerra mundial em abril/2022, podemos evitar? – Sader Terapias Integrativas (texto e vídeo)

Terceira previsão de Fátima revelada – artigo antigo

Aparições de Nossa Senhora – outro artigo antigo

Sobre a projeção ao futuro e como devemos atuar para transmutar

Imagem de capa de Gerd Altmann por Pixabay

Imagem de Nossa Senhora de Fátima de Oswaldo Gerolin Filho Padre Oswaldo por Pixabay


Moacir Sader

Moacir Sader é Terapeuta de Regressão e Mestre de Reiki Usui, Karuna e Chama Violeta, credenciado como Terapeuta holístico sob o número CRT48508, licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo, pesquisador e escritor de temas ligados à espiritualidade e autor dos livros: O Poder do Reiki; Reiki & espiritualidade; Torusthá novo símbolo ensinado por Jesus; Conspiração interdimensional, Anunnaki deuses da Terra, entre outros.

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